terça-feira, 11 de novembro de 2008

MT registra redução de 89% no desmatamento, conforme dados do Imazon























O desmatamento na Amazônia teve uma queda de 22,4% em setembro, na comparação com agosto. A área desmatada foi de 587 km2, área equivalente a praticamente um terço da cidade de São Paulo. Os dados são do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), com base em dados de satélite do sistema Deter, de detecção do desmatamento em tempo real.
A área desmatada na região apresentou uma queda também em relação ao ano passado, quando houve 603 km2 de desmatamento. No acumulado do ano, a Amazônia sofreu um desmatamento de 6.268 km2, equivalente a mais de quatro vezes a cidade de São Paulo.
O Estado que mais desmatou em setembro foi o Mato Grosso, com 216,3 km2, seguido pelo Pará, com 126,8 km2. Entretanto, Mato Grosso teve uma ótima visualização pelos satélites, já que não registrou cobertura por nuvens que impedissem a medição durante o mês. Já o Pará teve 63% do Estado coberto.
Levando em conta todos os meses de 2008, o Estado campeão em desmatamento é Mato Grosso, com 3.247 km2 devastados, seguido por Pará, com 1.679,7 km2, e Roraima (469,6 km2).
O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) já havia adiantado na última sexta-feira (24) a queda no desmatamento da Amazônia. Segundo o ministro, foram desmatados, em média, 650 km2 entre junho e agosto. Esse período, explicou o ministro, é o mais crítico devido à seca, que facilita a devastação da área verde.
Minc ressaltou que a média observada neste ano para estes três meses é a menor desde 2004, quando o desmatamento começou a ser monitorado. "Isso não me alivia nem um pouco, não acho nenhuma maravilha do mundo. Quero desmatamento zero", afirmou.
O Deter foi desenvolvido como um sistema de alerta para dar suporte ao controle do desmatamento. O sistema, que está em operação desde 2004, mapeia tanto áreas de corte raso quanto áreas em processo de desmatamento por degradação florestal.
É possível detectar apenas polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares, por conta da resolução dos sensores espaciais. De acordo com o Inpe, devido à existência de nuvens, nem todas as áreas desmatadas são identificadas.


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